Nas
noites que se passaram Susam não conseguia dormir, cada vez que
fechava os olhos a conversa que teve com sua tia sempre tomava sua
mente. Para detrair Josh, sempre que podia, inventava um passeio pelo
castelo.
- Eu
podia pedir para o Karkaroff deixar você ir para minha casa nesse
natal né? - disse Josh quando estavam em direção ao lago – assim
você não fica sozinha
- A
Josh não sei se ele deixa, mas seria legal nunca fui na sua casa
mesmo - respondeu ela com um largo sorriso no rosto - e eu não fico
sozinha, os meninos sempre conversam comigo.
- Mas
aposto que eles não são como eu – disse ele se exibindo.
- A
é claro que não são como você, eles são mais legais. - respondeu
ela rindo e dando um empurram em Josh.
Os
dois riram e sentaram perto do lago, onde tinha uma árvore, já que
o tempo em Durmstrag só tinha piorado. Josh não tinha gostado da
conversa que Susam teve com sua tia, já que para ele o único motivo
para Susam “matar” a saudade da mansão e de seus tios, era o
colar.
Estava
na hora do jantar quando eles foram para o castelo. Os alunos estavam
empolgados com a chegada do natal, pois a maioria deles iram ver suas
família, Susam era uma dos alunos que não iria viajar, então só
estava empolgada porque finalmente teria duas semanas sem aulas.
- Não
arrumei minhas malas ainda – disse Josh entrando no salão
principal – você podia me em.....
- Nem
vem Josh, Wick não tem nada a vê com a sua falta de
responsabilidade.
- Mas
não é falta de responsabilidade, é que eu não acho minhas coisas
e ela....
- Até
ela não acharia nada naquela zona que você chama de quarto, Wick
não vai fazer sua malas e ponto final - ela deixou se amigo e se
dirigiu a mesa da Haus Feuer.
Susam
ficou calada o jantar inteiro, não parava pensar que a maioria dos
alunos estava mais uma vez “livre” de Durmstrang e ela não. Josh
ficava observando a amiga, mas não dizia nada. De repente Karkaroff
se levanta.
- Espero
que todos vocês tenham um ótimo natal! Para aqueles que vão para
suas casas, eu desejo uma ótima viagem e espero que não se esqueçam
de seus deveres escolares. Tenham uma boa noite e todos para suas
devidas camas!
Todos
se levantavam e foram para os seus dormitórios. Susam saiu mais
rápida que pode e sem rodeios subiu para seu dormitório e foi
direto para sua cama e logo adormeceu.
O
dia começou com uma neve muito intensa, Susam estava toda
desajeitada e babando em seu travesseiro quando Wick entrou no quarto
toda desesperada.
- Minha
Senhora. Minha Senhora! Igor Karkaroff está vindo minha Senhora.
Deve ser uma inspeção. Wick nem serou o chão ainda. Wick é uma
péssima elfo. Péssima. PÉSSIMA – Wick começou a bater sua
cabeça no chão e logo depois queria se morder, Susam levantou
correndo para tentar conter Wick.
- Wick
para, você não é uma péssima elfo – disse ela tentando colocar
a elfo de pé – Wick por favor pare! WICK QUER PARAR, PELAS BARBAS
DE MERLIN!! - a elfo estava começando a sangrar por causa das
próprias mordidas quando Karkaroff entrou no quarto.
- Bom
dia Lestrange! Merlin o que aconteceu com sua elfo?
- Ela
achou que o senhor vai olhar como está o meu quarto – respondeu
ela tentando passar essência de Murtisco em Wick.
- É
claro que não, desta vez não, estou aqui para pedir que você faça
usas malas, pois dessa fez você vai ter as férias de natal –
disse o diretor com meio sorriso.
- Você
está me dizendo que... - disse ela com brilho nos olhos.
- Que
você tem 20 minutos para arrumar a suas malas, trocar de roupa e
pegar a carruagem que vai te levar até a casa dos teus tios –
interrompeu ele se virando para porta – alias agora você só tem
19 minutos.
Foi
só ele fechar a porta que a loucura começou. Susam pegou correndo
qualquer roupa em seu armário, a única coisa que conseguiu enxergar
foi uma roupa de trouxas que tinha. Colocou o mais rápido possível
suas roupas e foi ajudar Wick arrumar o seu malão o mais rápido
possível.
- Minha
Senhora pode deixar, Wick termina aqui. Depois Wick leva para a
mansão – disse a elfo tirando as roupas de sua mão – senão
minha Senhora vai perder a carruagem.
- Então
tá, é melhor eu ir mesmo. É... Bom você vai pra lá né? – a
elfo abre um sorriso e balança a cabeça positivamente – então
até mais a noite Wick.
Ela
saiu do seu quarto e desceu correndo para a entrada do castelo, que
ao chegar lá, encontrou Josh colocando suas coisas na carruagem.
- Oi
Josh! – disse ela, que acabou dando um surto.
- Por
Merlin Susi – respondeu ele ofegante – quer me matar é? O que
você esta fazendo aqui? Tá frio meu, vai pra cama.
- É
que Karkaroff deixou eu ir para a casa dos meus tios nessas férias,
então eu to aqui esperando a carruagem! – disse ela com um grande
sorriso no rosto.
- EU
NÃO ACREDITO! POR QUE VOCÊ NÃO ME CONTOU ANTES?
- Ele
só me contou hoje.
- Hm,
mas você não precisa fica esperando outra carruagem, nós dois
podemos ir juntos.
- Ah
então vamos juntos – respondeu Susam.
- Mas
cadê seu malão?
- Wick
vai levar pra mim depois. Vamos?
Os
dois entraram na carruagem, assim que Gavril terminou de arrumar as
coisas de Josh.
- Tenham
uma boa viagem! – desejou ele.
A
carruagem decolou. A casa de Josh era um pouco mais perto do que a
mansão dos Malfoy, então ele ia descer primeiro. Eles se divertiram
muito pela viagem, comeram tudo o que tinha na carruagem e
conversaram muito, mas não demorou muito para eu Josh cair no sono,
então como Susam não tinha nada para fazer passou a mão no colar e
fechou os olhos.
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Quinta-feira,
dia 26 de dezembro de 1986.
Estava
tudo branco lá fora, mas tinha parado de nevar. Susam estava em seu
quanto, observando Draco a andar com seu novo cavalo, ele era mais
bonito do que o seu antigo, era negro e galopava com uma elegância
sem tamanho, principalmente na neve, onde se destacava pela cor. Ela
o observava com tanta admiração, que nem piscava. Draco estava
andando bem nele, Lúcio nem precisava chegar muito perto para
segurar Draco se caísse, era um belo espetáculo, ela nunca tinha
visto nada parecido com aquilo. Simplesmente memorável.
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Ela
acordou. Josh não estava mais lá, ela olhou pela janela e viu que
já estava de noite, levantou e se arrumou. Estava ansiosa, queria
que chegasse logo, estava tanto tempo longe que nem mais se lembrava
da entrada da mansão, olhou novamente pela janela. Ela estava
sobrevoando um bosque “Deve
ser o bosque perto da mansão”
pensou, então sentiu que a carruagem perdeu velocidade e altura.
Estava certa, ela finalmente tinha chego, só sentiu pena de não ter
visto onde Josk morava, mas isso não importava agora, ela estava em
casa, longe de Karkaroff, longe de Durmstang.
A
carruagem aterrissou.
- Chegamos
srta. Lestrange! – disse o homem que conduzia a carruagem – Tenha
uma boa noite.
- Obrigada,
pra você também!
Ela
estava parada bem em frente do portão,finalmente estava em casa .