A
neve tinha parado de cair mas o branco ainda dominava a paisagem,
Susam estava no jardim lendo um dos seus livros de poções que
ganhou no natal. Draco estava na varanda do seu quanto observado-a
com uma expressão de tristeza em seu rosto pálido, a ultima briga
deixou marcas.
-Já
fez as malas? - perguntou Lúcio entrando na varanda.
-Estão
prontas há dias – respondeu ele sem desviar olhar.
O
silencio tomou conta cor alguns minutos, Lúcio seguiu seu olhar, o
vento brincava com os cabelos negros de Susam que tinha apenas uma
linda fita vermelha combinando com seu casaco.
-Não
vai me dizer o que realmente aconteceu com vocês dois? - perguntou
Lúcio quebrando o silencio.
-Pra
que? - disse ele dando ad costas para o que via – mamãe já te
contou e me parece feliz com a situação.
-Ela
não está feliz, pelo contrário, ela não queria que fosse assim .
-Se
ela não quisesse isso então por que ela autorizou a vinda dela? Por
que vocês não me contaram nada sobre o irmão da Pansy? Se não
fosse o Krum ele podia – ele parou, não queria pensar no que
poderia ter acontecido.
Os
dois foram pra quarto, Lúcio se acomodou em uma poltrona do lado da
cama já Draco ficou andando de um lado para outro.
-Você
sabe que aquilo já foi resolvido, Oliver está em Azkaban e enquanto
a sua mãe: ela te ama filho, quer seu bem.
-Meu
bem? Ela queira essa briga, sempre quis!
-Draco
– ele deu um leve suspiro – há coisas que você não pode
entender e eu também acho que vocês dois deveriam parar de se
iludir.
-Então
o senhor também queria essa briga? E... eu não posso entender
porque vocês não me contam mais nada.
-Eu
não posso dizer Draco e pare de colocar palavras na minha boca, eu
nunca disse que queria essa briga.
-Vocês
estão adorando a situação e amando mais ainda que eu estou
namorando a Pansy que é a melhor pessoa do mundo pra vocês, nunca
pensaram no irmão idiota dela.
-Eu
já disse que isso já está resolvido Draco – Lúcio aumentou seu
tom de voz – eu pensei sim nesse assunto, isso foi uma das coisas
mais sérias que já aconteceu nessa família.
-Coisa
que todo mundo me escondeu – ele sentou na cama com as mãos na
cabeça – pai, a ela é muito importante pra mim, ela é a minha...
-Vida!
- ele olhou assustado para o pai – não olhe assim pra mim eu ti
conheço, posso não ser um bom pai mas eu sei como você é, sei
também o jeito que você olha pra ela.
Draco
não queria contar nada pra o pai, mas também não queria mentir.
-Eu...
eu não... eu não sei do que o senhor ta falando pai. Susam e eu
somos apenas... apenas primos – a palavra “primos” saiu
dolorosamente de sua boca.
-Assim
como meus avôs – Lúcio se levantou – eu sei que eu estou sendo
contra essa história, mas é que há fatores diferentes e são
épocas também diferentes e...
-Não
venha com essa conversa pai, eu sei que eu sinto e ninguém nuda
isso.
Lúcio
olhou bem em seus olhos e viu que o filho não mentiu.
-Então
se você tem certeza do que sente não deixe que uma briga boba
destrua isso, siga seu coração mas não deixe de agir com o cérebro
– ele foi em direção a porta e saiu do quarto.
Draco
se levantou e foi novamente para varanda, mas ela não estava mais
lá.